Para que o exercício de uma profissão se distancie do amadorismo, qualificação é um ingrediente fundamental. No setor elétrico, conhecimentos técnicos e experiência em atividades relacionadas ao tema são pré-requisitos indispensáveis para ingressar ou progredir no mercado de trabalho.
Ao optar por uma carreira técnica em eletricidade, é recomendado definir em qual de seus segmentos você pretende atuar, tal qual conhecer um pouco sobre como são as atividades e possibilidades de carreira no segmento de seu interesse. Algumas áreas típicas, que talvez lhe causem atração, são:
- Eletrotécnica: Possui foco no sistema elétrico de potência e máquinas elétricas. A oferta de trabalho costuma ocorrer em setores como a construção civil, instalação e manutenção industrial, geração, transmissão ou distribuição de energia.
- Eletrônica: Se direciona ao projeto e produção de artigos eletrônicos, inclusive integrando-os a outros sistemas. A indústria de eletrônicos certamente é seu principal mercado, ainda assim as habilidades técnicas do profissional deste ramo podem ser requeridas em setores diversos, como a indústria automobilística, de hardware, de instrumentação, entre outros.
- Eletromecânica: Faz intersecção entre os conhecimentos da eletrotécnica e os da mecânica. O profissional de eletromecânica tem portas abertas em vários setores da indústria.
- Automação: Concentrado na modernização dos processos produtivos, este profissional é direcionado a automatização de máquinas e robótica. O profissional pode atuar na indústria automobilística, alimentícia, petroquímica, farmacêutica, entre outros.
- Telecomunicações: os trabalhadores neste ramo de atividade se dedicam a aplicações tecnológicas em telefonia, rádio, televisão, transmissão de dados, etc. Com as tecnologias cada vez mais difundidas e as diversas novidades que surgem neste segmento, é de se esperar que haja boas oportunidades de trabalho.
Qualquer que seja a área de seu interesse defina o nível de aprofundamento ao qual deseja se qualificar, adequando-o conforme suas metas pessoais, tempo e recursos financeiros que você dispõe para investir. Os cursos de formação podem ser classificados como:
- Cursos de qualificação ou profissionalizantes possuem curta duração (alguns meses) e investimento modesto. Exemplo: eletricista instalador predial.
- Cursos técnicos têm, em geral, ao menos 18 meses de duração e proporcionam habilitação formal, possibilitando inclusive registro em conselho de classe (CREA). Exemplo: técnico em eletrônica.
- Cursos de graduação superior exigem maior investimento e dedicação. Um tecnólogo (exemplo: tecnólogo em telecomunicações) fica pelo menos 5 semestres se dedicando aos estudos, nas engenharias o período de aprendizado costuma compreender 5 anos (exemplo: engenharia eletrotécnica).
Pós-graduação ou treinamentos para atividades específicas também são uma boa pedida para quem pretende progredir na carreira. Um eletricista com treinamento em inversores de frequência, por exemplo, possui um bom diferencial para uma indústria que tem vários destes equipamentos em suas instalações. O seu aprendizado por conta própria também conta muito, por isso curiosidade e iniciativa são virtudes muito desejadas em profissionais do setor elétrico.
Na hora de buscar uma instituição de ensino para por os seus planos em ação, procure conhecer bem o programa do curso e a infraestrutura da instituição. Cursos com um programa muito básico, que não exigem muito dos alunos, não tendem a fornecer uma formação muito ampla. Além disso, na área técnica a prática é essencial para o aprendizado de determinados conteúdos, os laboratórios e corpo docente da instituição devem estar minimamente equipados para lhe proporcionar experiências nesse sentido.
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